A REDE EM RODA 2016
1,2,3 e 4 Termos/2016/EJA II
Os diferentes trabalhos realizados durante as
aulas de matemática buscaram criar caminhos para auxiliar os alunos a trabalharem
diferentes contextos no processo de ensino e aprendizagem.
A maioria dos alunos quando se deparam com
uma situação problema envolvendo qualquer cálculo matemático, respondem logo de
imediato que sentem alguma dificuldade. Mas
se o problema for colocado ao aluno de forma contextualizada com seu cotidiano,
o que não era viável, através de uma relação com algo concreto, pode ser
concebido e compreendido pelos alunos.
Os professores se conscientizando desta
problemática, podem introduzir os conceitos de matemáticos através de
diferentes formas e abordagens, contextualizadas, para uma possível
aprendizagem mais significativa.
Deve-se levar em conta, também, que a
matemática também não pode ser vista como uma disciplina isolada. Pra que haja
uma verdadeira contextualização com o cotidiano dos alunos, a matemática deve
estabelecer um diálogo com as demais ciências e áreas do conhecimento e,
principalmente, ser refletida em seus aspectos culturais e sociais, enfatizando
sua contribuição para o desenvolvimento da cidadania.
Por isso mencionamos a questão da
desnaturalização.
Desnaturalizar é compreender que a realidade
cotidiana é resultado de decisões, de interesses particulares ou coletivos, de
ideologias; não é uma tendência natural e imutável e pode ser modificada pela
vontade humana. O estranhamento está diretamente ligado aos objetivos da
Filosofia e das Ciências Humanas; reclama a problematização das questões
sociais a partir de situações corriqueiras, comuns, triviais.
Estranhar é entender a experiência social
para além de sua normalidade, ou seja, é colocar em questão situações
vivenciadas todos os dias e tidas como esperadas; é buscar respostas para essa
expectativa de normalidade que envolve os fenômenos sociais e os torna
inquestionáveis; é assumir postura investigativa frente a um mundo
aparentemente conhecido.
O estranhamento, a paixão e a curiosidade são
indispensáveis para o desenvolvimento de competências e habilidades
matemáticas, para um verdadeiro “fazer matemático”. Deve-se incentivar o aluno
a desenvolver seu raciocínio mental e não se limitar a lhe ensinar algoritmos e
técnicas.
Para tal, durante as aulas foram realizadas
algumas propostas como, por exemplo, o uso de grandezas e medidas nas aulas da
educação profissionalizante de cozinha, oficinas para a construção de fractais
com dobraduras, trabalhos com folhetos de supermercados para ensino e
aprendizagem de números decimais e exploração de outros conceitos matemáticos
por múltiplas abordagens.
Os conhecimentos prévios que os alunos trazem
a sala de aula, descobertos de forma espontânea, são importantes para o seu
aprendizado e devem ser levados em conta pelo professor no processo de
ensino-aprendizagem.
A abordagem de ensino utilizada pelo
professor é fundamental para a transformação destes conhecimentos prévios dos
alunos em novos saberes e na apropriação do conhecimento lecionado.
Pode-se observar durante as aulas que a
capacidade de resolução de problemas deve ser desenvolvida levando em
consideração as múltiplas abordagens e perspectivas que um problema de
matemática possa suscitar.
A busca por entender as múltiplas faces de um
mesmo conceito matemático, suas relações com o cotidiano e o apoio de situações
problemas envolvendo diferentes estratégias pode se configurar num elemento
novo para a conquista de um aprendizado mais significativo das operações
aritméticas envolvendo o conjunto numérico em questão. É preciso sempre
incentivar o raciocínio próprio do educando e o modo através do qual ele
aritmetiza sua realidade.

Educação, Tecnologias e Inclusão Digital
Secretaria da Educação de Santo André / SP - Brasil
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