quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Dança e suas possibilidades educativas

Professora Jaqueline Gonçalves Bonini Chasseraux
EMEIEF Professora Maria da Graça de Souza

2º Ciclo do Ensino Fundamental

Objetivo: Desenvolver a consciência da corporeidade através da dança como forma de expressão.


Ao ingressar na escola a criança traz consigo um conhecimento amplo a respeito de seu corpo, mas que muitas vezes não foi despertado. A criança nasce, desenvolve-se e cresce, vivenciando experiências através do próprio corpo. Este é o meio de ação para explorar e conhecer o espaço em que vive, interagindo com as pessoas que a cercam. Em todas as fases, observa-se a importância do corpo como forma de expressar emoções. A criança necessita de experiências que possibilitem o aprimoramento de sua criatividade, atividades que favoreçam a sensação de alegria, que a partir daí, ela possa retratar e canalizar o seu humor, seu temperamento, através da liberdade de movimento, explorando-o e permitindo que suas fantasias aflorem em seus movimentos, numa corporeidade plena e consciente.

Dançar é, pois, a efetivação da corporeidade através de uma experiência transcendente, na qual se vivencia o processo de aprendizagem na educação. O trabalho da dança educacional, quando preocupado em deixar fluir dos educando suas emoções, seus anseios e desejos, através dos movimentos permitirá que o sujeito se revele e desperte para o mundo, numa relação consigo e com os outros, de forma consciente. Contudo, na medida em que favorece a criatividade, pode trazer muitas contribuições ao processo de aprendizagem, se integrada com outras disciplinas além de promover experiência lúdica. O trabalho com o corpo gera a consciência corporal. O aluno questiona-se e começa a compreender o que passa consigo e ao seu redor, torna-se mais espontâneo e expressa seus desejos de modo mais natural. O aprendizado da dança deve integrar o conhecimento intelectual e criatividade do aluno, desenvolvendo os pilares da educação: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver juntos; aprender a ser. (DELORS, 1996).

Segundo o Coletivo de Autores (1992), a Educação Física possui conhecimentos específicos a serem tratados pedagogicamente, sistematizados no contexto escolar. Dentre esses conteúdos, materializados na expressão corporal como linguagem, encontra-se a dança. A dança na escola não deve priorizar a execução de movimentos corretos e perfeitos dentro de um padrão técnico imposto, gerando a competitividade entre os alunos. Deve partir do pressuposto de que o movimento é uma forma de expressão e comunicação do aluno, objetivando torná-lo um cidadão crítico, participativo e responsável, capaz de expressar-se em variadas linguagens, desenvolvendo a auto- expressão e aprendendo a pensar em termos de movimento (MARQUES, 2003).

Diante do exposto, passei a questionar qual seria a proposta de dança realmente condizente com o ensino/aprendizagem no ambiente escolar. No que se refere a Dança Educativa destaca-se a proposta de Rudolf Laban que possibilita ao aluno expor-se por seus próprios movimentos, educa conforme o vocabulário de movimento de cada um, contribuindo para o desenvolvimento emocional, físico e social do participante. Rudolf Laban possibilita ao aluno expor-se por seus próprios movimentos. Não ensina apenas a forma ou a técnica, mas educa conforme o vocabulário de movimento de cada um, contribuindo para o desenvolvimento emocional, físico e social do aluno. Com base em sua Teoria Do Movimento, apliquei atividades em formas de jogos que explorassem as ações corporais como saltar, girar, rolar, torcer, flexionar, estender e os quatro fatores do movimento destacados por Laban que são fluência, espaço, tempo, peso. A proposta foi realizada com o segundo ciclo do ensino fundamental da EMEIEF Maria da Graça, Vila Floresta, Santo André.


Durante a apresentação:

  • Questões indicadas pelos participantes
  • Envolvimento dos alunos
  • Sugestões do grupo ao trabalho apresentado

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